Editora: Novo
Conceito
Páginas: 206
Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e
profundamente tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela
morte de sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes
da mulher — na casa deles, na estrada, no mercado. Com deficiência no braço e
na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que
queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada,
ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente
modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron
começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a
sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora
da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante
os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de
dizer adeus.
Ok, senti-me parcialmente enganada pela sinopse. Primeiro
porque pensei que o livro seria mais dramático, o que não é o caso. E segundo
porque essa última frase sobre os livros da editora onde o protagonista
trabalha não tem nada a ver com a situação pela qual ele passa. Sério.
Mas tudo bem, vamos aos poucos... Aaron é um homem de
meia-idade que tem um problema no braço e na perna direitos. Ele sente algumas
dores e precisa sempre andar com uma bengala. Isso fez com que, durante sua
infância e até sua adolescência, ele fosse muito mimado por sua irmã e sua mãe,
que não o deixavam em paz, tratando-o como um inválido. Quando Aaron conhece
Dorothy, anos mais tarde, vê nela um escape para a sua situação – ela o trata
bem, mas não fica mimando-o, fazendo parecer como se ele não pudesse se virar
sozinho.
Pouco tempo depois de terem se conhecido e saído formalmente
em um encontro, Aaron e Dorothy se casam. Seu casamento não é o melhor do
mundo, e aos poucos cada um vai percebendo o defeito do outro e a convivência
se torna monótona. Mas eles continuam juntos, se amando. Um dia, após uma briga
boba, Aaron escuta um barulho e percebe que algo está errado. A árvore que
profissionais contratados garantiram que estava completamente saudável
simplesmente caiu em cima de parte da sua casa... Principalmente em cima do
cômodo onde a sua mulher estava. Dorothy morreu.
É muito duro para Aaron aceitar a morte de sua esposa. Ele
fica pensando se poderia ter feito algo diferente, como poderia ter sido mais
feliz com Dorothy e como sente falta dela agora. A situação fica pior para ele
quando percebe a pena e o sentimentalismo exagerado que seus colegas e vizinhos
demonstram com ele. Aaron fica ainda mais irritado quando tem que se mudar para
a casa de sua irmã superprotetora, Nandinha. Mesmo quando sua casa começa a ser
reformada, ele não volta para lá.
Mas um dia, logo quando ele achou que estava superando a
falta de sua esposa, ela volta. Ele simplesmente a vê parada perto de sua casa.
Ela está lá, ela é real! Dias depois, ele a vê de novo – eles até conversam.
Será que Aaron está delirando? Ou sua esposa voltou para se despedir de modo
mais apropriado? A volta de Dorothy fará com que Aaron lide melhor com a sua
perda... Ou será que só irá piorar a sua situação? Parece que ele finalmente
terá que aprender a dizer adeus a ela.
Eu me interessei por “O Começo do Adeus” logo que li sua
sinpose. Pensei que seria um livro mais dramático, bem voltado para a morte de
Dorothy, mas não é bem assim. Eu comentei no Skoob que esse livro é mais
filosófico do que eu pensava. Aaron fica se questionando sobre a sua vida com
Dorothy, sobre a morte dela, sobre a sua volta... E faz o leitor se questionar
também.
Quando o livro começa, Dorothy já está junto de Aaron, de
volta dos mortos. Isso me confundiu um pouco, mas depois é fácil se acostumar. E
então a história volta ao início, com Aaron sempre narrando, nos explicando o
que aconteceu. Eu achei a escrita da Anne bem gostosa de ler, e a narrativa foi
rápida. Nada ficou sem solução, e a sutileza da melhora do Aaron –
gradativamente deixando o tempo lhe curar – foi uma das coisas que eu mais
gostei no livro. A outra foi o final, que eu achei bem apropriado e bem
elaborado – sem percebermos, desde o início a Anne nos encaminha para ele.
Eu indico a leitura da “O Começo do Adeus”. Se você estiver
realmente concentrado e a fim de ler o livro, é capaz de ler tudo em apenas uma
tarde. E, provavelmente, gostará bastante.
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Vamos falar de promoção, então? Para participar, são aquelas
três regrinhas que vocês já conhecem: 1)
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Eu espero que vocês gostem e participem. Não se esqueçam de comentar, dizendo o que acharam da resenha, se já leram o livro – ou tem vontade de ler – e, para quem já leu, se concorda com o que eu falei. Lembrem-se: eu preciso de um feedback.
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