Editora: Novo
Século
Páginas: 104
Maria e Jack eram amigos quando criança. Daqueles que se
dorme na casa e brinca das mesmas coisas. Mas eles cresceram e a idade
esmoreceu a amizade. Tomaram direções opostas. Demais até. E você? Já teve um
amigo-inimigo?
Assim que eu li a sinopse de “Amigos Inimigos”, já pensei:
nossa, parece uma fanfiction! Para
quem não sabe, fanfiction é uma
estória criada por fãs baseadas em animes, filmes, livros, ou até em bandas. O
livro fala sobre Maria e Jack, que eram amigos quando pequenos, mas por algum
motivo desconhecido, se distanciaram e passaram a se odiar. Mas após algumas
páginas o leitor já percebe que ódio não é, nem de longe, uma palavra boa para
descrever a relação destes dois.
Maria é apaixonada por Maurício, um garoto popular e metido,
apesar de ela não perceber este último adjetivo. Tem três amigas mais próximas,
que são: Morgana, uma gótica rica, bem sarcástica, mas super “gente boa”; Camila,
típica nerd, e Patrícia, que está
sempre com a cabeça nas nuvens. Ela não “vai com a cara” de Jack, seu ex-amigo
de infância, que ela diz ser um chato. E, para completar, Maria vive com sua
mãe e seu irmão mais novo, Américo – ou Rico, como prefere ser chamado – que constantemente
lhe irrita, mas a quem ela ama.
Após anos de afastamento e “repulsa” por parte de Maria,
graças a algumas circunstâncias, ela e Jack acabam se aproximando um pouco, e o
garoto dá o braço a torcer e tenta reconquistar a sua amizade. Enquanto isso,
ela tem alguns sentimentos incômodos quando o vê muito perto de sua amiga
Morgana, mas não faz ideia do que esse sentimento representa. E é então que, em
uma viagem escolar, Maria vai entender o que ela sente por Jack, e a
importância que ele tem para ela.
É claro que no momento em que o leitor bate o olho na capa e
quando termina de ler a sinopse, já sabe como terminará o livro. Mas isso não é
o mais importante. O bom de “Amigos Inimigos” é o entretenimento que ele
proporciona, e a leitura agradável que ele se torna, principalmente para
meninas na faixa etária dos onze aos treze anos – o público alvo. Por ser
curtinho, o livro é lido em cerca de uma hora, e não tem nem como interromper a
leitura, porque os acontecimentos são sucessivos e rápidos.
Talvez algo que eu não tenha gostado muito no livro foi,
justamente, essa rapidez com que as coisas acontecem. Levando em conta que
Maria e Jack eram amigos até os oito anos, e depois ficaram seis anos
separados, é um tanto “estranho” o fato de ela aceitar ser amiga dele assim tão
rapidamente. E achei o final um pouco corrido, também. Mas isso é um detalhe.
Em contrapartida, algo que me agradou bastante foi a gama de personagens.
Apesar do curto número de páginas, eu achei que a Vanessa desenvolveu bem as
personagens, contando um pouquinho de seu passado e de seus dramas, e cada um
teve a sua importância durante a estória – até o odioso Maurício.
Para finalizar, então, eu deixo a dica: se você está
procurando por uma leitura leve e despretensiosa, “Amigos Inimigos” é uma boa
escolha. Se você quer um romance profundo e superdesenvolvido, não chegue
perto. O livro foi escrito para meninas pré-adolescentes, é algo mais simples,
inocente. E cumpriu bem o seu papel.
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