segunda-feira, 9 de abril de 2012

Resenha: 4 de Julho

4 de Julho, por James Patterson e Maxine Paetro
Clube das Mulheres Contra o Crime #4
Editora: Arqueiro
Páginas: 207

Lindsay Boxer é uma policial exemplar. Chefe do Departamento de Homicídios da Polícia de São Francisco, a tenente recebeu várias medalhas e menções honrosas durante seus 10 anos de serviço. Ao fim de um cansativo dia de trabalho, Lindsay se encontra com Claire Washburn e Cindy Thomas num bar. As três amigas compõem o Clube das Mulheres contra o Crime, grupo que tenta solucionar os casos ocorridos na cidade. Após alguns drinques, a tenente recebe uma ligação do inspetor Warren Jacobi. Ele acaba de localizar um veículo suspeito, visto na cena de um crime. Em poucos minutos Lindsay está no carro de Jacobi, cruzando a cidade na cola de um Mercedes preto. Depois de uma longa perseguição, a abordagem policial acaba fugindo do controle. Os dois adolescentes que estavam no carro reagem, descarregando suas armas contra a dupla de policiais. A tenente atira em legítima defesa, mas o resultado é uma menina morta e um garoto tetraplégico. Lindsay é acusada, entre outras coisas, de má conduta profissional e se vê num lugar que nunca imaginaria ocupar: o banco dos réus. Será o fim do Clube das Mulheres contra o Crime? A jovem advogada Yuki Castellano conseguirá provar a inocência da tenente? Enquanto aguarda o julgamento, Lindsay decide passar uma temporada em Half Moon Bay. Mas a pacata cidade vem sendo palco de crimes brutais e a polícia parece não fazer nada. Mesmo de licença e fora de sua jurisdição, a tenente resolve investigar os assassinatos, com a ajuda de Claire e Cindy. Para sua surpresa, ela encontra ligações entre aquelas mortes e um caso ocorrido 10 anos antes, que ainda é uma mancha em sua carreira.


Lindsay Boxer, como a sinopse diz, é uma policial exemplar. Quase sempre soluciona os crimes, tem boa conduta, é bem quista pelos parceiros... Até o dia dez de maio. Mesmo após seu expediente ter sido encerrado (e ela ter tomado duas margueritas), quando seu ex-parceiro, Warren, liga para ela e diz que tem uma pista sobre o último homicídio que estão investigando (e que praticamente tornou-se algo pessoal para a tenente), ela não hesita em acompanhá-lo na busca pelo suspeito principal do crime.

O carro, que está num bairro pobre e bem suspeito, logo é conduzido por dois adolescentes, que saem cantando pneus, tentando despistas os policiais. Após uma breve perseguição, um acidente acontece, e quando Lindsay e Warren tentam ajudar os adolescentes, um deles saca uma arma, e é quando a tenente atira em legítima defesa. O que pode ter sido o pior erro de sua carreira – apesar de que, se ela não o tivesse feito, provavelmente estaria morta, e seu companheiro também.

Quando o pai dos adolescentes, Andrew Cabot, abre um processo contra Lindsay, acusando-a de má conduta policial, pela morta de Sara e a paralisia de Sam (seus filhos), tudo que a policial pode fazer é tentar se defender, fazer o melhor que pode para ficar longe da mídia, e esperar pelo julgamento. E é tentando ficar longe da mídia que ela vai parar em Half Moon Bay, onde sua irmã mora. E onde estão acontecendo assassinatos misteriosos, cujos corpos das vítimas são assinados do mesmo jeito que um dos primeiros casos dos quais Lindsay foi encarregada no início de sua carreira – o do “Anônimo 24”, nunca resolvido, e que é uma ferida aberta até os dias atuais.

Talvez eu tenha me estendido demais tentando explicar a estória, e me desculpem por isso, mas eu simplesmente não sabia por onde começar. O livro, para resumir, é muito bom, cheio de acontecimentos, mistérios, reviravoltas, momentos tensos e dúvidas – e eu não consegui explicar como é ler tudo isso, haha.

James Patterson escreve muito bem. Já me tornei fã. E por mais que “4 de Julho” seja o quarto de uma série, isto não atrapalhou em nada o desenvolvimento da estória. Pelo o que eu entendi, lendo as sinopses dos volumes anteriores, apenas as personagens são as mesmas, pois as estórias dos livros não são contínuas – apenas alguns fatos aqui e acolá, que já haviam sido explicados nos outros livros da série. Bom, como eu falei, isto não me atrapalhou, em momento algum. Eu adorei a narrativa, que prende completamente o leitor; sem contar os mistérios introduzidos na estória – eu me enganava constantemente, tentando entender quem estava matando os casais em Half Moon Bay.

O livro é narrado em primeira e terceira pessoa. Quando narrado em primeira pessoa, a voz é de Lindsay (na maioria das vezes). Mas alguns poucos capítulos contam o que os assassinos (sim, eles mesmos) estão fazendo, e são narrados em terceira pessoa. Fiquei muito surpresa com a revelação dos autores dos crimes, não esperava, em momento algum, por isso. É muita criatividade do James e da Maxine, co-autora apenas dos dois últimos volumes da série.

“4 de Julho” é um livro que com certeza vale a pena ser lido. Eu já estou querendo o quinto volume da série, também lançado pela Arqueiro, e vou solicitar o quanto antes. E comprarei, assim que possível, os três primeiros volumes, lançados pela Rocco. E se vocês, leitores, tiverem oportunidade de ler este livro, não a deixem passar! Estou avisando! Haha.

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